domingo, 25 de abril de 2010

Envergonhada por quê?

A vereadora Solange se diz muito envergonhada em morar em São Sebastião por não ter explicações (a ela e demais vereadores) e ao COMUSS pelo Instituto Sollus em relação a prestação de contas e tampouco da Secretaria de Saúde pelo mesmo motivo. Não compreendemos sua indignação. Em sessão recente fez questão de votar contra requerimento para prestação de contas deste Instituto, que por onde passa deixa rastros de irregularidades, que vem postergando suas obrigações desde o início de seu contrato.
Nós é que estamos indignados e envergonhados de ter um péssimo Secretariado e um Legislativo submisso e passivo como este fechando os olhos para as irregularidades em nosso município e simplesmente omitindo-se; nessa sessão, onde a vereadora não gostou da atitude de membros do COMUSS de retirarem-se do plenário sob a justificativa de que a Câmara havia aconselhado que nada fosse assinados e estes assinaram, foi rejeitado por maioria de votos, com o seu inclusive.
Nesta oportunidade o vereador Ballut disse que se no dia 22/04 as dúvidas não fossem sanadas, apresentaria um requerimento com a assinatura dos dez vereadores; já o vereador Ernaninho se propôs a esperar e parece que se depender dele isto ocorrerá somente após 31/12/2012, quando estará se despedindo da vida pública visto suas atitudes políticas.
O secretário de Saúde, Aldo Conelian, diz “dar a impressão que o hospital está uma caca e não se faz nada”, ironizando, como se tudo não continuasse a “lesma lerda”; defende o Instituto Sollus e o Acqua porque foi a sua assinatura que embasou estas contratações e já é hora de explicar o porque destas “escolhas”. Alguém está lucrando com isso e obviamente não é a população sebastianense.
Diz ainda que é o maior interessado na prestação de contas para “dirimir dúvidas” e que a Secretaria de Saúde está ciente das metas e objetivos do Sollus; diz mais, fala que as contas já foram apresentadas a PMSS e estão com a comissão de finanças do COMUSS.
Se está tudo certo e entregue, Secretário Aldo, favor explicar à população quais são as metas, objetivos e a quantas andam as contas do Instituto Sollus deixando de enrolar e ganhando tempo para “maquiar” as contas e plano de trabalho. Mexa-se, faça algo de positivo pois a sua secretaria, bem como a saúde de nosso município, está realmente uma “caca”.
Quanto ao Legislativo, existem diversos mecanismos para fiscalização e análise das contas do executivo e pelo que se viu já existe número suficiente para abertura, por exemplo, de uma CEI; é mais bonito ali discutirem, ao invés de envio de carta de desagrado para jornal, demonstrando nitidamente a falta de compromisso com o cargo para qual foram eleitos e em respeito a nossa Lei Orgânica, artigo 8º, IX – FISCALIZAR E CONTROLAR OS ATOS DO EXECUTIVO, INCLUSIVE OS DA ADMINISTRAÇÃO INDIRETA.
Será que interessa de fato exigir a prestação de contas deste Instituto? Achamos que não. É só jogo de cena.

quinta-feira, 8 de abril de 2010

Mentiras, só mentiras

Pode-se enganar a todos por pouco tempo, pode-se enganar alguns o tempo todo, mas não se pode enganar a todos o tempo todo; a frase atribuída a John F. Kennedy vem bem a calhar para a situação criada pelo nosso prefeito Ernane.
Em visita à obra superfaturada da escola Municipal da Topolândia, mostra-se satisfeito e não conseguimos compreender com o quê? A obra não segue o projeto numa afronta ao objeto licitado, a empreiteira economiza para si e a prefeitura satisfeita paga pelo que não foi realizado, numa afronta a população e nem te ligo.
Ao invés de ser acompanhado por técnicos habilitados e com conhecimentos para assessorá-lo quanto ao cronograma da obra, prefere ser acompanhado por outro leigo, fiscal do povo, mas que nada fiscaliza e defende a administração com unhas e dentes, o vereador Marcos Tenório.
O prefeito diz que as obras seguem o cronograma previsto, independentemente das chuvas e estar satisfeito. Não é verdadeiro e se acompanhado por qualquer engenheiro do Departamento de Obras Públicas teria sido alertado de que segundo o cronograma da obra, toda a estrutura (da fundação até a cobertura), alvenaria e dois terços da cobertura já deveriam estar prontas e como ainda vamos concretar a primeira laje utilizando mais de vinte caminhões (nos engane que gostamos) fica comprovado o atraso da obra. Mas tudo bem, isso ainda não é o pior, lamentável é persistir na mentira. Talvez seja para não ser pego no contrapé, visto que adiante terá que se explicar.
Já demonstramos de maneira inequívoca que a fundação prevista na licitação anterior era exatamente a mesma da atual e foi disponibilizada a planilha da primeira e segunda licitação para prová-lo. A balela da “importância em ressaltar o trabalho de estaqueamento nesta fase inicial da obra, algo que não estava previsto no projeto anterior e que é muito mais seguro em função das condições do solo” é lamentável e cada dia fica mais feio. Junta-se mentira e falta de bom senso, visto que a fundação está detalhada na planilha licitada pela prefeitura.
Outra balela ainda, é que “também já vislumbramos as cinco salas de aula a mais e ainda o centro odontológico, itens que igualmente não constavam do projeto anterior da construção”. Tenha santa paciência prefeito! Está neste site o projeto antigo e o novo mostrando exatamente o mesmo número de salas de aula, ou seja, vinte e quatro. Onde estão as cinco salas a mais? Já o desafiamos a prová-lo e continuamos aguardando. Quanto ao centro odontológico, trata-se na verdade de uma pequena parede dividindo espaço já existente e jamais nesta fase haveria como vislumbrar qualquer coisa, muito menos um centro odontológico.
Mas tudo bem, como corneteiros de plantão não conseguimos vislumbrar nada e nos satisfazer com essa obra superfaturada. Nossa expectativa é que o Tribunal de Contas do Estado de São Paulo, através do processo 63/007/10 desfaça este absurdo, e com tanta bandeira (e bandalheira) nas planilhas, só não o farão se não quiserem. Brevemente teremos o resultado.
Começamos com a citação de uma frase, e terminaremos da mesma forma, agora com uma de Fontenelle: “Todos os homens se enganam, mas só os grandes homens reconhecem que se enganaram”.