domingo, 27 de junho de 2010

Ernane: o magnânimo!

Nenhuma palavra sobre o favorecimento das obras do centro histórico, da rua Simeão Caldeira ou as obras inacabadas e mal executadas promovidas pela empresa amiga de prefeitos, TERMAQ; silêncio total. Enquanto isso nosso Legislativo, com a incumbência de fiscalizar o executivo se exime e cala-se, discutindo banalidades, dizendo que não tem o que fazer e protocolando requerimentos para readequação de serviços já pagos, não executados a contento, afirmando ainda que neste município não se cumprem a leis e pior, neste caso, com razão.
Nosso prefeito continua fiscalizando suas poucas obras, acompanhado por leigos, e dizendo-se satisfeito com seu andamento. Nem poderia ser diferente visto estar conduzindo essas obras e seus custos com suas próprias mãos. Se acompanhado por profissionais, e os escutasse (nosso piedoso está surdo e cego) talvez deixasse de fazer tanta bobagem.
Nossa cidade necessita urgentemente de uma reforma política e dos políticos, sendo esta última mais urgente; trataremos desse assunto mais a frente, hoje continuando falando da caridade, clemência e indulgência de nosso prefeito. Sua bondade nos impressiona, mas principalmente afronta-nos.
O novo deslize patriarcal do “magnânimo” refere-se a empresa responsável pela execução de geometria, terraplenagem, drenagem e pavimentação e drenagem no bairro de Barequeçaba, a SOEB CONSTRUÇÃO E PAVIMENTAÇÃO; o projeto em seu todo, previa e determinava os serviços a serem feitos em todo o bairro e na gestão passada foram executados (na realidade inexecutados) parcialmente em algumas ruas do bairro. Estes serviços são interligados e a falha neles prejudicará todo o projeto.
Cotas, alinhamentos, materiais e acessibilidade foram totalmente desobedecidos. Serviços planilhados e pagos não foram realizados com denúncia na mídia e na Câmara Municipal; a sociedade amigos de bairro chiou (estranhamente se mantém calada agora), reclamações junto a prefeitura foram constantes e nada foi executado. Um remendo foi executado e o resultado está lá para quem quiser ver. Inútil.
A prefeitura omissa optou por fazer vista grossa, deixando que um serviço mal feito prejudique todos os demais a fazer no bairro e o nosso indulgente prefeito, com toda sua humanidade, optou por dar obras para a empresa. É assunto corrente na secretaria de obras que até uma pavimentação na entrada de Juqhey era tratada com muita seriedade e empenho do secretário Pérsio Mendes e não vingada não se sabe por quê.
Cobranças pelo serviço mal executado nem pensar, deixa com está e tudo bem, o povo tem memória curta e logo licitaremos outro serviço no local e ainda teremos as benesses desse “atendimento ao povo”, deve ter pensado o prefeito indulgente.
Os requerimentos na Câmara estão pipocando, as cobranças devidas nem pensar. Por que? Não sabemos, mas o que temos conhecimento (com cópia) é de relatório composto por quarenta páginas e repletas de fotos demonstrando as irregularidades, produzido pelo departamento de obras públicas em abril/2009, e com o que ali se descreve é inadmissível nenhuma atitude ter sido tomada. (disponibilizamo-lo se solicitado)
Bem, não sejamos injustos, falar que nenhuma atitude foi tomada não condiz com a verdade; o magnânimo assinou o contrato administrativo 2010SEHAB041 – Processo nº 60.347/2010 com a SOEB para execução de obras de pavimentação, guias e sarjetas de diversas ruas na costa sul, no valor de R$ 404.415,16.(aqui vale uma ressalva; não questionamos a qualidade da empresa ganhadora, cobramos atitude do executivo em relação ao dinheiro público)
Nosso prefeito magnânimo está de parabéns pela condução de seus trabalhos e retidão. É uma vergonha o que está sendo feito em nossa cidade e tais atitudes remetem-nos para aquela propaganda das Casas Bahia:
Quer pagar quanto? Pode dizer! Quer pagar quanto?

sábado, 19 de junho de 2010

Vereadores em crise existencial ou de conduta?

Parece brincadeira, mas não é. Aconteceu em recente sessão do Legislativo. Enquanto votavam matéria de extrema importância, patrocinada pelo vereador Ernaninho, filho do nosso prefeito piedoso, instituindo no calendário oficial a Semana do Debate Descontraído, por falta de coisas sérias e necessárias a fazer por nosso município, foi uma choradeira geral.
A vereadora Solange, parceira do governo apático, pondera que em nosso município as leis não são cumpridas e provoca incitando a mostrarem o cumprimento das mesmas. Afirma que se houverem vinte leis cumpridas já é muito.
O vereador Artur Balut confessou não haver controle ou ciência das leis em vigor afirmando votar em todas as sessões coisas que não serão aproveitadas.
Já o líder da bancada governista, vereador Marcos Tenório mostra-se insatisfeito com as poucas atribuições de um parlamentar e se diz conformado em fazer moção e elaborar projetos de leis (estapafúrdias segundo nossa visão).
Mas então, partamos para o debate descontraído e pena que somente três vereadores se manifestaram sobre tão importante assunto: a ineficácia de nossos vereadores.
Crise existencial ou de conduta? Não é possível o agrupamento de tantas nulidades. Tanta incompetência. Não sabem o que fazer? Simples, ajam como fiscais do povo. Para isso foram eleitos. Não têm peito para isso. Abandonem o Legislativo. Voltem para o ostracismo de onde jamais deveriam ter saído.
Temos o município a deriva, paralisado e sangrando em falcatruas, desvios de dinheiro público e acobertamento de irregularidades. Olhem pelo povo, fiscalizem as contas do executivo, a saúde, as obras em curso, os contratos absurdos feitos pela vossa casa já denunciados e sequer questionados, enfim, façam algo de útil. Deixem as moções, mimos e elaboração de leis desnecessárias. Respeitem cada um dos votos recebidos.
Então “nobres vereadores” deixem a pasmaceira, chororô e partam para a ação. Não digam que não tem o que fazer. Não falem do descumprimento de leis. Exijam o seu cumprimento. Deixem de ser omissos. Façam o que a lei determina e parem de brincar de vereadores ou então, tomem uma atitude digna: renunciem.
O povo e a cidade agradecerão.

sábado, 12 de junho de 2010

Ernane: o piedoso

Antes de eleito, o prefeito Ernane prometia mundos e fundos. Falava mal do outro. Acusava-o de ladrão. Demonstrava as obras superfaturadas, falava em números, informava os valores aviltantes das obras em andamento e como todo mau político prometia coisas que não viria a cumprir.
Condenava o desrespeito com o CONDEPHAAT e as duas obras em andamento no centro histórico (Rua São Gonçalo e Manoel Landislau de Matos) superfaturadas e com verba recebida sem qualquer serviço; reclamava da obra do canal da avenida Netuno indignado pelo preço e qualidade da mesma (dizia que o serviço tecnicamente era incorreto). Insuspeito ainda retrucava a obra nos últimos dias de dezembro de pavimentação da avenida Antonio Januário do Nascimento (av da Balsa), superfaturada e mal feita.
Todas essas obras são de responsabilidade da parceira TERMAQ/Dr Juan e procediam todas as reclamações do então candidato Ernane. Dizia que como prefeito equacionaria os problemas e os resolveria. Bem, o tempo passou, o candidato tornou-se prefeito e a memória recente foi esquecida (tipo mal de Alzheimer).
Esqueçamos o passado, vivamos o presente, produzamos imaginou nosso prefeito piedoso. Façamos política, obras, enganemos a população. Retomemos as obras do centro histórico, esqueçamos o dinheiro recebido indevidamente, o canal da Av Netuno, a pavimentação da Avenida da Balsa e todas as obras mais que esta antiga parceira TERMAQ/Dr Juan tenha produzido.
São novos tempos (ainda não existia o slogan “construindo uma cidade melhor”), não podemos viver do passado, precisamos perdoar aceitar os erros (não importando que seja com o dinheiro do povo), não perseguir ninguém (desde que esteja do mesmo lado), enfim ser piedoso.
Como demonstrar e praticar sua piedade? Simples: para demonstrar não haver qualquer ressentimento ou cobrança ainda que devida por serviços não executados e devolução de dinheiro recebido indevidamente, daremos mais obras para os culpados, trazendo-os novamente para o nosso meio e fazendo-os trabalhar sem qualquer licitação, mudando-se o nome da empresa (parceria SOLOVIA/Ernane), obrigando-os a complementar as ruas do centro histórico e de quebra ainda a executar rua Simião Caldeira no bairro São Francisco.
Enquanto isso, inúmeros serviços produzidos pela antiga parceria apresentam problemas, como a rua XV de Novembro no Pontal da Cruz (responsabilidade TERMAQ), que continua inacabada, esburacada e sem condições de uso. Mas quem sabe nosso prefeito piedoso não obrigará esta nova empresa a executar serviços emergenciais e obviamente pagando (novamente) por isso.
Com a palavra o “piedoso” e nossos vereadores em crise existencial por não saberem o que fazer.