segunda-feira, 29 de novembro de 2010

Despreparo? Não. Censura pública

A coisa vai de mal a pior. O vereador Marcos Tenório inicialmente quer instituir o “Dia de Combate ao Crack”. Pede informações sobre a retirada do deck no Arrastão. Tem memória curta. O deck está sobre área da marinha e existe uma determinação de demolição. Mas independentemente desta obrigação de adequação à lei, o material alí colocado estava no prazo de garantia e a prefeitura deveria ter exigido que a JR Terraplanagem o recuperasse.
A pergunta que o vereador deveria fazer ao executivo era: porque não foi acionada a empresa e determinado seu conserto? Mas tudo bem, é empresa amiga do prefeito (e de alguns vereadores) então não deve ser incomodada. Dane-se o dinheiro público.
Em seguida diz no plenário que se não fossem algumas pessoas contrárias a esta administração as obras do Ernane já teriam sido realizadas. Exemplificando a obra do Aterro – Fase II. É inacreditável. No passado achava corretas as pessoas insurgir-se contra os desmandos do Juan. Agora defende os do Ernane e culpa os que mostram os desvios e favorecimentos. O que estará acontecendo?
A vereadora Solange em sessão do Legislativo disse com a maior naturalidade que se fosse prefeita não teria para ninguém; Ministério Público, Tribunal de Contas e munícipes não seriam considerados e que só assim ao final do mandato haveria o que mostrar. Raciocínio ilógico e estapafúrdio.
Não pode ser assim vereadora. A senhora foi eleita por munícipes que acreditaram que estando no Legislativo teriam alguém fiscalizando o executivo. Se fizesse sua lição de casa, como fiscal do povo, não precisariam munícipes (nós, por exemplo) insurgir-se contra os desmandos, incompetências e desvios de dinheiro em obras e outras coisinhas mais.
Se atuasse de fato, juntamente com os demais vereadores e cumprisse a Lei Orgânica de nosso município, mas precisamente o item IX - fiscalizar e controlar os atos do Executivo, inclusive os da administração indireta - do artigo 8º, o Ministério Público não teria de ser acionado tantas vezes; se a senhora acompanhasse as contas do executivo, as licitações fraudulentas, o superfaturamento destas e seu direcionamento para empresas de interesse do prefeito o Tribunal de Constas não teria tanto trabalho.
Então vereadora desculpe-nos pelo desabafo, mas a senhora como integrante do Legislativo não pode dizer uma bobagem destas. A desculpa de “pessoa autêntica”, “simples” e que “fala o que vem na telha” já não lhe cai bem e não condiz com os votos recebidos.
Não queremos cordeiros reunindo-se toda terça feira e deixando o município a deriva. Tampouco lobos em pele de cordeiro. Queremos ação, fiscalização e cumprimento do deve. É o mínimo que esperamos de vocês.
Se algum dia resolver candidatar-se ao cargo de prefeita uma coisa é certa: não terá nosos votos. Precisamos de um (ou uma) chefe do executivo atuante, responsável e cumpridor das leis. Se assim fizer, ao final de seu mandato terá muito que mostrar, sem atropelos, sem revistas e jornais pagos e com obras bem projetadas e construídas, a preço justo.
Não precisa desrespeitar munícipes, Ministério Público e Tribunal de Contas, basta ser honesto e ter um pouco de bom senso. Parece que estas qualidades tão corriqueiras estão em falta no nosso município.

quarta-feira, 24 de novembro de 2010

Tudo verde! Até tabuleiro de damas......


Ufa! O prefeito Ernane conseguiu através de revista patrocinada pelo partido PSC de São Sebastião, tipo me engana que eu gosto, relacionar seus feitos e obras. Por incrível que pareça ainda intitula São Sebastião como uma cidade melhor. O Utopias foi mais claro e melhor. Fomos mais eficientes, relacionamos as obras em primeira mão, colocamos valores e ainda dissemos para quem o nosso prefeito da “cidade melhor para eles” direcionou e determinou que as fizesse.
E melhor, a custo zero, não precisamos parceiros para postar as obras do Ernane. Esta revistinha com certeza custará para alguém. Para o partido e ao prefeito com certeza nada. Em seu editorial remete-se a campanha dizendo “Todos se lembram que a nossa vitória foi o triunfo de uma candidatura popular contra uma máquina administrativa que estendia seus tentáculos para além do poder público, alcançando, inclusive boa parte dos veículos de comunicação”. Não é bem assim.
Foi eleito por falta de opção; tínhamos um corrupto dilapidando o erário público e um cidadão que se dizia honesto em palanque, prometendo não fazer exatamente o que está fazendo hoje; acreditamos, elegemo-lo. Foi propaganda enganosa. E continua mentindo, trazendo em sua revistinha obras que sequer saíram do papel e constam como realização em andamento. Fala do início da obra de Reurbanização do Aterro da Rua da Praia – Fase II como se nada estivesse acontecendo. Está no Ministério Público, foi direcionada, superfaturada e todo dia tem novidades em relação a ela.
Na área da educação diz ter realizado duas obras importantes: a inauguração da EM Cynthia Cliquet Luciano e a construção de brinquedoteca na EMEI Três Porquinhos. Só rindo. Na escola da Enseada cansou de denunciar o superfaturamento feito pelo seu antecessor e foi tão cara de pau que além de não impedir a sangria do dinheiro público, com liberação de faturas com serviços comprovadamente não realizados e irregulares ainda deu um pequeno aditivo para a empresa. A gestão Ernane é assim tipo esconde o pau e deixa a cobra viva; aceita as falcatruas da empresa, inúmeros serviços sem serem realizados, permite crianças em salas de aula sem qualquer segurança visto não haver sistema de proteção de incêndios, paga indevidamente a empresa e ainda reajusta o contrato. Compromisso realizado? Compromisso com quem? Eta homem bom de trato com o dinheiro público. Talvez esse desapego com dinheiro seja o motivo de seu comércio caminhar tão bem.
Alardeia na educação “compromisso realizado”; como todo mau político, tem crises de amnésia e esqueceu suas promessas de campanha. Estamos disponibilizando-as para que se atenhas às mesmas e procure cumprí-las.
Chama reforminhas, como troca de algumas telhas e forro de gesso na UBS da Topolândia, substituição de alguns metros de calhas e rufos no telhado do Teatro Municipal, quebra de paredes no setor de informática e muitas outras insignificâncias, de obras. É falta do que mostrar. O gasto em obras é ridículo e está relacionado nestes links (1) e (2). O resto é balela.
A única coisa que se vê nesta administração é o esverdear de nossa cidade e a megalomania de nosso prefeito que insiste em tudo pintar de verde, inclusive um tabuleiro de damas.
É falta de rumo, competência e de vergonha.

domingo, 7 de novembro de 2010

São Sebastião virou "cu-da-mãe-joana"


O “utopismo” consiste na ideia de idealização não de um lugar, mas uma vida, um futuro, ou qualquer outro tipo de coisa, numa visão fantasiosa e normalmente contrária ao mundo real. Imaginamos um dia que São Sebastião pudesse ser algo próximo desta cidade que os turistas aqui encontram e se deliciam com suas paisagens e ........apenas isso. Só temos isso.
Nossa cidade é uma “antiutopia” ou “distopia” (pensamento, filosofia ou processo discursivo baseado numa ficção cujo valor representa a antítese da utópica ou promove a vivência em uma “utopia negativa”). Caracteriza-se pelo totalitarismo, autoritarismo bem como um opressivo controle da sociedade. Nelas, caem-se as cortinas, e a sociedade mostra-se corruptível; as normas criadas para o bem comum mostram-se flexíveis.
Com todos os desmandos e irregularidades sem freio ela pode ser chamada de “casa-da-mãe-joana” ou "cu-da-mãe-joana", expressão que significa o lugar ou situação onde vale tudo, sem ordem, onde predomina a confusão, a balburdia e a desorganização.
A expressão se deve a Joana I de Nápoles, rainha de Nápoles e condessa de Provença, que indo viver em Avignon na França, escondendo-se neles, regulamentou os bordéis da cidade, imortalizando uma da das normas que assim dizia:”O lugar terá uma porta por onde todos possam entrar”.
Mais tarde, transposta para Portugal, virou “paço da mãe-joana”; trazida para o Brasil, como o termo paço, não era de linguagem popular (hoje por aqui viria muito bem a calhar), foi substituido por “casa-da-mãe-joana” e sua variante (mais adequada a nossa realidade atual) ficou “cu-da-mãe-joana”.
Assim é nossa cidade hoje, repleta de picaretagens e irregularidades que com "jeitinho" e "facilidades" viram regularidades. E já que a ordem é avacalhar, esculhambar, menosprezar, desrespeitar a lei e ganhar muito dinheiro ilicitamente, sem medo de punição, propomos mudar o nome da nossa cidade para “Casa-da-mãe-joana”; como cidadãos "casadamãejoanenses" (ou "cudamãejoanaenses") conviveremos melhor com a hipocrisia deste governo.
Haja vista não termos Legislativo e nossos nobres vereadores desiludidos por não terem o que fazer ou propor e muito tempo ocioso, talvez possam sugerir um projeto inconstitucional talvez (embora isso não seja problema, aqui vale tudo), mas bastante significativo, mudando o nome da moeda em nosso município.
Haverão controvérsias, mas achamos inadequado o real como moeda em nossa cidade. Talvez pudesse ser irreal (I$) ou surreal (S$), mas poderão acusar-nos copiar a atual, de plágio. Propomos então uma guinada tipo cento e oitenta graus. Nada que nos lembre a antiga moeda; sugerimos a mudança para belote. Sua grafia assim seria B e sifrão e seu valor seria na base de R$ 1,00 = B$ 1,00. Assim a obra da Reurbanização do Aterro da Rua da Praia custaria aos “cudamãejoanenses” a importância de B$ 7.869.486,33 (sete milhões, oitocentos e sessenta e nove mil, quatrocentos e oitenta e seis belotes e trinta e três centavos) doendo menos em nossos ouvidos e bolsos num primeiro momento.
E quem diria. De utópicos, estamos virando distópicos. Culpa do Ernane, Aldo, Pérsio, Urandy, Wagner, Assis, Roseli, Angela, Massa ....... e muitos outros mais.